sábado, 15 de agosto de 2009

Internetando


É tanta coisa que atiça o interesse que as vezes o vazio pode estar repleto numa imensidão de assuntos. É basicamente isso que me dá uma grande preocupação.
História, política, amor, Deus, vida, casamento, música. Várias possibilidades de temas, cada um com seu universo específico.
Como não falar de amor se esse sentimento dá sentido à vida. Como não falar de casamento se agora não sou mais apenas um. Como não falar de música se o som da vida embala cada instante. Como não falar de Deus se Ele é a origem de tudo e o motivo da existência. Como não falar de História se o passado do homem e suas opções explicam nosso presente. Como não falar de política se o poder de decisão pode ser nosso, ou não. Como não falar .

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A távola redonda é um símbolo de igualdade, de destruição de hierarquias num mundo marcado pelo estamento social.
A távola é fruto utópico. Talvez nunca tenha existido. Mas, sua existência imaginária permite a manutenção de um sonho. Um sonho de igualdade onde pelo menos os cavaleiros não teriam que prestar vassalagem. É verdade que a Idade Média foi um período relativamente tenebroso, marcado por uma série de preconceitos. Um mundo que feneceu aos pés da modernidade, mas gerou filhos que ainda podem ser vistos em nossas cidades.

Ladrão Virtual

É difícil começar um texto defendendo o crime. Bem pelo menos é assim que a mídia chama o ato de baixar musicas pela web. Na verdade eu não estou bem certo disso. O Silvio Santos me mandaria escolher as cartas, universitários ou uma outra opção que no momento não lembro. Mas, o problema do mundo virtual é que hoje você tem que ter opinião formada sobre tudo. Não dá para simplesmente curtir o prazer do momento, dizer que gosta ou não gosta. A gente tem que ter opinião formada, principalmente depois de concluir uma faculdade de comunicação social e estar no fim de um curso de historia.

Então, se não dá pra apenas curtir um som pelo qual não paguei, vamos tentar desenvolver um argumento que justifique minhas ações. Em primeiro lugar vou apelar pro hedonismo e pro senso de prazer imediato que todo mundo está procurando. A web nos oferece isso. Eu quero uma receita e está lá, no site do cheff fulano de tal. Está tudo online. Tem até sites que tocam as musicas que você quer ouvir. Particularmente eu acho isso ótimo. Só assim eu sei de antemão as musicas que quero baixar. Então pelo prazer imediato que a web oferece - isso quando o e-mule deixa - 1 x 0 pros downloads.

Entretanto o melhor argumento talvez seja a idéia que está por trás dos downloads. A idéia é fenomenal, simplesmente ninguém rouba nada de ninguém, pois os arquivos são compartilhados. Isso é uma porrada feia na industria do entretenimento. Bem feito, eles transformaram arte em coisa. Sendo assim uma coisa pode ser dividida com todos. Falar o que vou dizer agora é entregar a idade, mas eu sou do tempo do vinil e da fita cassete. Naquele tempo ninguém ia pros jornais pra reclamar da pirataria quando alguém gravava, em seu estéreo 3 em 1, um cassete do saudoso bolachão. É neste ponto que a hipocrisia do capital vem a tona. A industria nunca foi ameaçada com esta prática. Naqueles tempos ela ia de milhão em milhão enchendo os bolsos e iludindo artistas. Bons tempos aqueles, devem pensar os executivos das gravadoras hoje em dia. Mas agora a tecnologia nos libertou. Qualquer pessoa com um computador com acesso a internet pode gravar discos inteiros sem precisar ir a loja ou pagar por isso. O problema é que os lucros vem diminuindo, pois todos aprenderam a gravar musicas em casa. Tem gente que faz até CD personalizado, com apenas as musicas que quer ouvir. O melhor disso tudo é que não há roubo. Apesar do discurso hipócrita das gravadoras e da imprensa, quem faz downloads está na verdade compartilhando arquivos. Eu compro um CD e partilho as musicas do meu disco com quem eu quiser. E assim a web revoluciona o modo de distribuir musica.

Tem artista que já aprendeu. Os caras já estão indo direto ao público, atingindo pessoas interessadas no seu som. Eu por exemplo, nem teria conhecimento de um monte de gente bacana sem a web. Agora eu faço questão de ir a um bom show, mas pra gente conhecer os artistas nada melhor que a degustação virtual.

Martelo Bigorna

Lenine Composição: Lenine

Muito do que eu faço
Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso
Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.
Você não sabe da missa um terço

Tanto choro e pranto
A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo
Dentro do meu peito uma vontade bigorna
Um desejo martelo

Tanto desencanto
A vida não te perdoa
Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo
Uma vontade bigorna

Vou certo
De estar no caminho
Desperto.