segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
A Vida e a Montanha
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Que invento é a Poesia?
domingo, 6 de dezembro de 2009
Condenado a Felicidade
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Razões
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Chefe por um dia
Confesso que é estressante, mas tem lá suas pequenas ilusões.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
poetando e andando
sábado, 21 de novembro de 2009
Silêncio
mais uma da série poetadas de amor
da série poetadas de amor
O formato do amor
Ad Marx
Os marxistas e os populares
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Zeus perde pra Eros
O guarda florestal Roy Sullivan, entrou para o livro dos Recordes após ser atingido sete vezes por raios em seus 36 anos de carreira.
O primeiro ataque relâmpago, aconteceu em 1942. Sullivan foi atingido na perna e perdeu uma unha. Em 1977 aconteceu o seu último ataque, deixando-o com queimaduras no peito e estômago. Roy Sullivan morreu em 28 de setembro de 1983 com 71 anos de idade, a causa do óbito, suicídio devido a um amor não correspondido.
Cuidado com a fúria de Eros, é mais eficiente.
Desejo de você
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Ingenuidade irritante
E o que isso tem a ver com o PT? Simples, as viúvas da legenda sonharam um país diferente. Queriam importar a Suécia junto com o socialismo tupiniquim. Conversa fiada. Não dá pra fazer outra Suécia, não dá pra fazer outro Brasil. Somos assim, estruturas arcaicas caiadas com viés tecnológico que sonham não mais com a volta do irmão do Henfil, mas com novidades de Miami. Não queremos abrir mão de nosso sangue, nossa comodidade, nossas compras a prestação e nosso escândalo semanal que não escandaliza ninguém.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Cambaio
Cambaio
Chico Buarque De Holanda
Eu quero moça que me deixe perdido
Procuro moça que me deixe pasmado
Essa moça zoando na minha idéia
Eu quero moça que me deixe zarolho
Procuro moça que me deixe cambaio
Me fervendo na veia
Desejo a moça prestes
A transformar-se em flor
A se tornar um luxo
Pro seu novo amor
Moça que vira bicho
Que é de fechar bordel
Que ateia fogo á s vestes
Na lua-de-mel
Eu quero moça que me deixe maluco
Moça disposta a me deixar no bagaço
Essa moça zanzando na minha raia
Eu quero moça que me chame na chincha
Com sua flecha que me crave um buraco
Na cabeça e não saia
Que não abaixe a fronte
Que vai por onde quer
Que segue pelo cheiro
Quero essa mulher
Que é de rasgar dinheiro
Marido detonar
Se arremessar da ponte
E me carregar
Vejo fulana a festejar na revista
Vejo beltrana a bordejar no pedaço
Divinais garotas
Belas donzelas no salão de beleza
Altas gazelas nos jardins do palácio
Eu sou mais as putas
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Ela
Sem ela a vida é calmaria sem sentido. Sem ela nada vale a pena. O poetinha já falou, mas eu repito, não há paz, não há beleza é só tristeza e melancolia que não sai de mim. Ela me ensinou a viver. Porque viver não planejar e seguir o plano, viver é uma constante de emoções e oportunidades. Viver é buscar o prazer em cada raio de sol, em cada passo, cena, cheiro, sabor, carícia. Viver é sentir. É dizer palavrão, ficar leve depois de uns goles, ser fiel aos amigos e ao coração. Viver é bom, é viajar curtindo a estrada, as nuvens, a tormenta e principalmente a companhia.
Ela me mostrou a estrada de tijolos amarelos e me conduz por ela com amor sem fim.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Nada de novo no Front
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Prelúdio
A solidão nos molda. Nós coloca em contato conosco e obriga a ver a patética figura humana desprovida de lentes mágicas. No mergulho em si mesmo encontramos toda a essencial inutilidade de um coração que insiste em bater por obrigação involuntária. Rasgado, bombeia vida por partes imensas de uma ilha sem pontes. Barcos passam ao longe, não enxergam a insignificante vida que insiste invisível naquele lugar arenoso. Ondas fustigam a areia e lá, colado no rochedo, uma pequena estrela do mar insiste em absorver o pouco alimento que recebe das lufadas salgadas do mar bravio. Assim ela sobrevive das migalhas, porque talvez não precise de mais que isso. Porque sabe que o mar, apesar de sombrio e turbulento, pode trazer uma surpresa. Ela insiste no seu pelejar diário pois sabe que, mesmo sob a dor que ninguém vê, há esperança. O sol, calor intenso, o mar, alimento escasso. Vida guerreira, sem valor. Mesmo assim, teima em fazer a coisa certa. Se fosse pintura, tons pastéis. Escultura, modernista. Se fosse música, notas e acordes numa sonata concreta.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Apenas mais uma de amor
A vida sem amor não existe. Tem gente que diz que sem amor a gente não vive, vegeta. Eu não aceito essa teoria, as plantas celebram a vida de uma maneira peculiar, tão especial que algumas não ligam pro tempo. Mesmo depois de séculos continuam levantando seus galhos e folhagens em busca do calor do astro rei. Ao mesmo tempo, em seu tronco forte e vigoroso, a vida encontra meios de multiplicar o amor.
O amor é paciente mas não passivo. Ele espera e suporta, mas age segue seu destino no mover do universo. É a própria essência do Bem, e no seu curso executa sua justiça. A verdade manifesta em seu coração a alegria pois Ele sabe que quem confia Nele não está sozinho. Acho que acabei pregando sem querer. Foi mal.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Mais um choque de ordem - 2016
Sempre que há um grande evento internacional nossos comandantes botam o pau pra fora. No pior sentido. Eles querem mostrar que são machos e assim convocam todo o aparato mortífero disponível pra controlar aqueles que, não se sabe porque, insistem em respirar. A lembrança que tenho da Rio 92 é amarga. Saía de casa pra trabalhar e tinha que ter em mãos carteira de identidade, destino fixo e hora pra retornar. No último Pan o BOPE botou pra quebrar, foram várias investidas pra cima dos pobres deixando um rastro de medo e violência. Mas nossa classe média bate palmas.
As olim piadas serão um bom pretexto pra botar em prática uma política de segurança pública que afugente a pobreza das ruas e esconda as favelas, quem sabe até o tão sonhado muro saia. Mesmo assim ninguém quer saber. Todo mundo vai comemorar até cair hoje. Enquanto o clima de folia toma conta da cidade eu lembro do relato de minha tia viajandona de passagem em Salvador. Lá estava ela em pleno Pelourinho comprando badulaques e admirando a cidade quando ouviu do vendedor uma frase quase como se fosse um segredo: “Ta bonita a cidade né dona? Mas olha um pouco mais pra esquerda.” Ela olhou e entendeu que não dá pra esconder a miséria atrás de casas coloridas. Que venham as olim piadas tomara que eu esteja longe daqui.
domingo, 27 de setembro de 2009
O irmão do pródigo
Tudo ia bem até que o desgraçado do irmão mais novo resolve voltar. Bem feito, pensou ele, se fudeu, passou fome, está fétido, feio e sujo. No fundo ele também lamentou, ainda era seu irmão, mas, foi uma escolha, tornou a pensar. Meu Pai deve recebê-lo de volta, Ele o ama, mas que a justiça seja feita infelizmente meu irmão não tem mais direito de filho, ele quis assim. Esses pensamentos ainda estavam na cabeça do irmão do pródigo quando veio a noticia do banquete. Um novilho cevado? Um novilho não, O novilho cerrado. Justo aquele mais apetitoso, que tanto namorei, que estava esperando que meu Pai me desse. Está certo que nunca pedi, mas estava implícito. Agora o velho vai matar o bicho por causa desse cara. Não vou na festa, foda-se.
Que ódio, como assim o cara gasta tudo o nem era dele e o velho recebe com festa. Entretido nesses pensamentos sombrios não percebeu que alguém tinha deixado a festa, os convidados e o filho que tinha retornado para buscar seu outro filho. Ambos irmãos tinham um Pai, mas só por um esse Pai se moveu, foi por um que o Pai parou o que estava fazendo de importante pra trazê-lo a festa. A mão firme e tranqüilizante do Pai pousou sobre seu ombro e então, tomado por rancor e ódio, o mais velho desabafou: _ você ainda gasta tempo e dinheiro com esse beberrão, mulherengo e safado. Eu te servi em tudo, fiz tudo que era pra fazer e você não me deu nada.
O Pai sorriu amorosamente e pronunciou palavras belas: _ Filho corri pra seu irmão pois já o dava como morto. Minha dor era tanta que não sabia o que fazer. Quando ele chegou eu interrompi a tristeza e fui a ele. Mas você tem todas as coisas, você me tem. Tudo o que é meu é seu. Não fui resgatar seu irmão foi a escolha dele e ele teve vir com suas próprias pernas, mas interrompi minha alegria e vim te resgatar por que sem você minha alegria não é completa.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Renato e eu
pra quem quiser a letra da musica ai vai ela:
Metal Contra as Nuvens
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá
I
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
domingo, 6 de setembro de 2009
Poesia Veríssima
Luis Fernando Veríssimo
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albinônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.
Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Crônica especial
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Crônica especial
CRÔNICA ESPECIAL
Eu não posso reclamar. Sobrevivi a um acidente que atingiu a minha medula nervosa e deixou algumas seqüelas, leves e pequenas. É verdade que não posso correr, também é verdade que a dor agora não me larga nunca. Mas sobrevivi. Minha cabeça dura estilhaçou o para-brisa de um Kadet, mesmo assim posso dizer que escapei. Escapei bem. Sou independente, não preciso de ajuda pro banho, controlo minhas vontades de ir ao banheiro, vou a qualquer lugar e não sofro muito com a intolerância de uma cidade que nega sistematicamente o direito a acessibilidade a todos, cadeirantes ou não. Aqui ninguém é especial. Além disso tudo não preciso de nenhum assessório pra facilitar a locomoção, mas já usei bengala e fiquei muito elegante.
Eu não posso reclamar. Por todas essas coisas eu não tenho o direito de reclamar. Tenho que agradecer a Deus e a vida, por tudo. Por ter escapado dessa praticamente ileso, estar em pé, vivo, ter uma vida praticamente normal. Mas, o que é uma vida praticamente normal? Uma vida praticamente normal significa saber que as limitações aumentaram. Limitações que já são naturalmente impostas ao ser humano, dito normal. Então quando esses limites aumentam você sente na pele o quão pequeno você é e como é dura a arte de estar vivo. Então, apesar de não ter o direito de reclamar, SIM, M.RDA, EU QUERO RECLAMAR.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Internetando
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
A távola é fruto utópico. Talvez nunca tenha existido. Mas, sua existência imaginária permite a manutenção de um sonho. Um sonho de igualdade onde pelo menos os cavaleiros não teriam que prestar vassalagem. É verdade que a Idade Média foi um período relativamente tenebroso, marcado por uma série de preconceitos. Um mundo que feneceu aos pés da modernidade, mas gerou filhos que ainda podem ser vistos em nossas cidades.
Ladrão Virtual
É difícil começar um texto defendendo o crime. Bem pelo menos é assim que a mídia chama o ato de baixar musicas pela web. Na verdade eu não estou bem certo disso. O Silvio Santos me mandaria escolher as cartas, universitários ou uma outra opção que no momento não lembro. Mas, o problema do mundo virtual é que hoje você tem que ter opinião formada sobre tudo. Não dá para simplesmente curtir o prazer do momento, dizer que gosta ou não gosta. A gente tem que ter opinião formada, principalmente depois de concluir uma faculdade de comunicação social e estar no fim de um curso de historia.
Então, se não dá pra apenas curtir um som pelo qual não paguei, vamos tentar desenvolver um argumento que justifique minhas ações. Em primeiro lugar vou apelar pro hedonismo e pro senso de prazer imediato que todo mundo está procurando. A web nos oferece isso. Eu quero uma receita e está lá, no site do cheff fulano de tal. Está tudo online. Tem até sites que tocam as musicas que você quer ouvir. Particularmente eu acho isso ótimo. Só assim eu sei de antemão as musicas que quero baixar. Então pelo prazer imediato que a web oferece - isso quando o e-mule deixa - 1 x 0 pros downloads.
Entretanto o melhor argumento talvez seja a idéia que está por trás dos downloads. A idéia é fenomenal, simplesmente ninguém rouba nada de ninguém, pois os arquivos são compartilhados. Isso é uma porrada feia na industria do entretenimento. Bem feito, eles transformaram arte
Tem artista que já aprendeu. Os caras já estão indo direto ao público, atingindo pessoas interessadas no seu som. Eu por exemplo, nem teria conhecimento de um monte de gente bacana sem a web. Agora eu faço questão de ir a um bom show, mas pra gente conhecer os artistas nada melhor que a degustação virtual.
Martelo Bigorna
Muito do que eu faço
Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso
Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.
Você não sabe da missa um terço
Tanto choro e pranto
A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo
Dentro do meu peito uma vontade bigorna
Um desejo martelo
Tanto desencanto
A vida não te perdoa
Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo
Uma vontade bigorna
De estar no caminho
Desperto.