quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Renato e eu

Tem certas coisas que a gente não vai entender nunca. Por mais que a gente use a razão não adianta. O mistério da vida se coloca diante de você e te confronta com experiências estranhas. Uma dessas coisas esquisitas é o talento do meu compositor favorito em dizer exatamente o que se passa lá no fundo do meu coração. Não sei como ele consegue fazer isso. Nunca me viu, não somos do mesmo time, ele é gay e eu realmente prefiro mulheres, olha que disse isso no plural. Mas mesmo assim Renato Russo traduz os sentimentos de minha geração coca-cola. Mas acho que isso é uma onda energética que leva sentimentos pelos condutores apurados das super cordas que sustentam o universo. Sei lá. Nesse caso hoje mais do nunca estou assim Metal contra as nuvens, numa disposição pra melancolia esperançosa. Mas mesmo tendo os sentidos dormentes, assim mesmo devo resistir ninguém vai tomar meu castelo. Não me entrego eu quero a espada em minhas mãos. Para sorrir quando o inimigo bater em retirada catando seus cacos. Afinal tudo passa, tudo passará.

pra quem quiser a letra da musica ai vai ela:

Metal Contra as Nuvens
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

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