sábado, 18 de setembro de 2010

Zeus perde pra Eros

Essa postagem é antiga, mas vale a pena lembrar quem é o deus mais poderoso.

Roy Sullivan: Atingido por raios 7 vezes

O guarda florestal Roy Sullivan, entrou para o livro dos Recordes após ser atingido sete vezes por raios em seus 36 anos de carreira.
O primeiro ataque relâmpago, aconteceu em 1942. Sullivan foi atingido na perna e perdeu unha. Em 1977 aconteceu o seu último ataque, deixando-o com queimaduras no peito e estômago. Roy Sullivan morreu em 28 de setembro de 1983 com 71 anos de idade, a causa do óbito, suicídio devido a um amor não correspondido.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um pensamento intrigante

Quem escreveu a frase:" Perguntar não ofende." Devia ser um jornalista, bem cínico..

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Essências reclusas

A velha necessidade de se mostrar cresce cada dia. Eu mesmo sou um exibido nato. Há em mim uma vontade absurda de impor fortemente minha presença. Acho que isto tem a ver com uma certa falta de confiança em si mesmo. Gente assim enche páginas de blogs, que quase ninguém lê, numa tentativa desesperada de marcar seu lugar ao sol. Isto é tão forte que implica até em atos inconsequentes e com um certo grau de desleixo. Como por exemplo, não revisar um texto antes de publicá-lo. É provavelmente o que acontecerá com este aqui.

Na contra mão desse movimento egocentrado há aquelas pessoas diferentes. Aquelas que não fazem questão de gritar aos quatro ventos suas impressões. Eu admiro pessoas assim. Elas não obrigam ninguém a notá-las. Elas ficam ali no seu canto, vivendo sua vida e produzindo muita beleza. Entre essas pessoas estão duas amigas minhas. Até parece o texto de um cronista que escreve no Globo cujo o nome eu esqueci. Mas voltando as minhas amigas vou lançar um pouco de luz sobre os refúgios aconchegantes de onde elas contemplam a vida e discretamente marcam suas presenças sem escândalos.

Uma delas escreve memórias de sua própria história. Não para buscar o estrelato ou ficar rica. Minha amiga até pensa em publicar suas reminiscências mas apenas no estreito circulo de sua intimidade. Sua grande aliada é a tecnologia que permite a edição de poucas cópias dessas memórias que devem ser deliciosas e inspiradoras. Só pra dar inveja a quem não a conhece: a menina nasceu numa família muito pobre do nordeste, numa família de muitos irmãos e foi criada apenas pela mãe. Hoje do seu apartamento classe média na Zona Sul do Rio de Janeiro ela comemora a vida, enquanto cuida do seu gato temperamental. Com um pouco de sorte eu terei acesso a essas histórias maravilhosas. Bom pelo menos eu espero.

A outra amiga discreta que também faz parte desse time de reclusos adora escrever. Depois de muito jogo de cintura eu finalmente consegui convencê-la a me mostrar seu texto. Foi uma experiência ótima. Seu estilo é pulsante, mágico, com uma sensualidade inebriante e bastante provocativa. Ninguém lê aqueles textos e fica impune. Nestes tempos de redes sociais e diários virtuais onde pessoas talentosas ou não disputam espaços digitais minha amiga é exceção. Seu texto é secreto, guardado em grande parte nas páginas manuscritas de seu caderno. Não há nenhuma linha virtual sobre sua saga de amor e ódio. Não sei se é por falta de confiança em si ou nos outros. Prefiro acreditar que ela não tem pressa em se fazer notar. Ela sabe que sua história tem um momento certo pra sari do forno. Se por um acaso seu bolo sair do forno antes do tempo corre o risco de desandar. Admiro essa paciência.

Essas duas mulheres trazem em si a essência e paciência de quem sabe valorizar cada semana de uma gestação.



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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reflexões

Em meio a alguns pensamentos reflexivos fui caminhando na direção eterna dos porquês. Esse negócio de racionalizar tudo ainda vai me deixar doido. Mas, eu sou assim. Eu preciso entender o processo, praticá-lo, internalizá-lo, pra assim e somente assim, dizer que realmente eu sei do que estou falando.  É justamente no meio desse processo que uma frase veio a mim. Eu estava pensando no que poderia ser essa coisa metafísica tão desejada, mas tão pouco conhecida: o amor.  Esse sentimento que rende novelas, músicas, poesias, líquidos e assassinatos.  O que é esse amor? Que deus é esse que movimenta milhões de bytes ao redor da net? Todo mundo se acha habilitado pra falar de amor. Todo mundo acredita que participa dele de algum modo. Falam de amor passageiro, de amor falso, de amor próprio. Falam tanto de amor que há quem diga que existe um amor verdadeiro. Tem gente que ama o próximo e tem gente que não ama ninguém.
Um bom autor psicanalista - sempre eles - afirma que o amor é uma vontade de se reintegrar ao mundo. Pra ele nós nascemos separados e solitários. Essa constatação é assustadora.  Uma vez descoberta nossa solidão nossa única chance de escapar dessa condenação é ele, o remédio pra todos os males, o amor.  Não lembro agora se o escritor chama o amor de sentimento ou de verbo.  Pra falar a verdade isso pouco importa pra mim.  Eu gosto da linha que ele toma. O seu raciocínio é claro e transforma o amor em coisa maior que sexo, maior que paixão, maior que ternura. Ele flerta com o religioso e transforma o amor em ação traduzido em caridade. Eu particularmente acredito que  nossas convicções valem muito pouco diante do histórico de nossas ações.  Pra mim nós não somos feitos de pensamentos. Somos a nossa história e, consequentemente, somos o fruto de nossas próprias ações. A partir dai minha reflexão sobre o amor tomou o único rumo possível. Se eu só posso ser quem sou pelo que já fiz, então meu amor só pode ser traduzido na concretude do dia-a-dia. Meu amor é mandamento que se realiza na negação de meu desejo.
Não me peçam explicação sobre isso tudo. Eu não sei. Se soubesse isso seria poesia.  Meu amor não está em mim, está nos meus gestos. Meu amor não está na paixão, nem no desejo. Ele está em silêncio movendo minha consciência a tomar decisões que não sei se quero. Ele na busca de um sorriso alheio, de um encontro maior. No caminho certo, num descanso dominical. Na insignificância de minha invisibilidade meu amor se satisfaz ao não me preencher. Pra que eu possa continuar a não-ser enquanto vivo. Pra vida continuar a existir ao meu redor.