segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Apenas mais uma de amor

Falar de amor é fácil. Uma beleza sublime nos invade e convida a divagar. Não importa se amo com a cabeça, com o coração ou com o baixo ventre, todas as formas de amor são reais. Nem todas são boas, mas todas são definitivamente reais. É impossível viver sem amor, nada nesse mundo se move sem ele. Platão diz que ele é o motor da alma, pois Eros é uma força que segue em frente sem precisar de impulso inicial, em direção ao objeto de seu desejo. Tomás de Aquino o compara ao próprio Deus uma vez que ele é a própria causa inicial de todas as coisas, pelo menos o escolástico pensava assim. Assim é o amor, filosófico, místico, carnal, metódico. O amor rende poesias. Mesmo quando feio ele é belo. O amor move o mundo e sem esse ímpeto poderoso a vida não teria acontecido. Aliás, podemos até imaginar que o mundo que construímos é mau, mas essa maldade pode ser o reflexo do amor ao dinheiro, ao poder. Mesmo assim ainda é uma forma de amor. Um amor frio egoísta, mas amor.
A vida sem amor não existe. Tem gente que diz que sem amor a gente não vive, vegeta. Eu não aceito essa teoria, as plantas celebram a vida de uma maneira peculiar, tão especial que algumas não ligam pro tempo. Mesmo depois de séculos continuam levantando seus galhos e folhagens em busca do calor do astro rei. Ao mesmo tempo, em seu tronco forte e vigoroso, a vida encontra meios de multiplicar o amor.
O amor é paciente mas não passivo. Ele espera e suporta, mas age segue seu destino no mover do universo. É a própria essência do Bem, e no seu curso executa sua justiça. A verdade manifesta em seu coração a alegria pois Ele sabe que quem confia Nele não está sozinho. Acho que acabei pregando sem querer. Foi mal.

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