segunda-feira, 10 de maio de 2010

Circulante

Abre os olhos meu amor
Contempla a vida violentamente a fruir
Escuta o som do devir constante a reclamar suas revoluções
Prova o acre-doce e o amargo do mais sublime licor
Sente a carícia mais tenra a dor mais profunda

Essa a essência da própria presença
Esse é o existir em si mesmo
Essa emoção fugaz e passageira
Singela pétala beijada pelas asas da borboleta
Perene neve nas alturas do Himalaia

Talvez faça sentido estar
Não e sim num confronto
Sangue suor e água
Sal e secura desenfreada

Essa vida que insiste em não ser
Apesar dos sorrisos da alegria e da beleza
Um constante seguir de dias
De horas e momentos
Um instante e já foi

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