segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nada demais

Nada que não anda
Não faz não sente não chora
Nada de alegria de devir
Nada existindo na dor
Nada em águas turbulentas
Nada afogado em rancor
Nada só mágoas
Nada nem flor
Sem cor sem cheiro
Só rudes espinhos negros
Sem frescor
Nada que não passa
Nada que não é
Não pode tocar a essência do ser
Não há o que ver nem desejar
Nada pra sonhar
Nada que ama
Mas como pode alguém amar o nada?

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